Folha de S. Paulo


Com nomes como Ziraldo, série conta história dos quadrinhos no Brasil

Divulgação
Lambe-lambe com charge do cartunista Angeli feito para a série
Lambe-lambe com charge do cartunista Angeli feito para a série "HQ - Edição Especial", da HBO

Para entender Angeli, é preciso antes observar o impacto causado pela beleza e imundície de São Paulo. "HQ - Edição Especial", série documental sobre a história do quadrinho nacional que estreia nesta quinta (14), tenta fazê-lo espalhando lambe-lambes com tirinhas do cartunista da Folha pela cidade.

Nas últimas décadas, Angeli e Laerte –cada um, objeto de um capítulo na série– pavimentaram o cenário em que hoje permite a criação de nomes como André Dahmer, Allan Sieber e Arnaldo Branco. Ou o "trio de cariocas mal-humorados", diz Ângelo Defanti, que roteiriza e dirige os dez episódios da série.

De Ângelo Agostini, pioneiro do gênero no século 19, aos artistas que sucedem a dupla Fábio Moon-Gabriel Bá, passando por Ziraldo e Mauricio de Sousa, o ecletismo e o despudor em copiar o traço estrangeiro une os desenhistas nacionais.

Essencialmente publicado em jornais, o quadrinho acabou depurando o noticiário da época de cada cartunista. Ao rememorar suas obras, a série acaba contando a história recente do país pelo viés ilustrado. "Na ditadura, o quadrinho e a charge comunicaram [o que era censurado] em diversas situações. É um poder inacreditável", diz o produtor, Rodrigo Teixeira.

NA TV
HQ - EDIÇÃO ESPECIAL
QUANDO qui., às 23h, na HBO


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