O demônio está entre nós. Após o sucesso de "The Walking Dead", séries de horror ganharam um espaço inédito na TV, caso de "Lúcifer", "American Horror Story", "Constantine" e das inéditas "Preacher" e "Outcast".
Então não chega a ser uma surpresa que Damien Thorn, o personagem dos cultuados filmes da franquia "A Profecia", tenha ressuscitado para a série "Damien", do A&E Brasil, que estreia nesta sexta (27).
No entanto, esqueça o moleque sinistro interpretado por Harvey Stephens no clássico dirigido por Richard Donner em 1976. Arauto do apocalipse, o anticristo cresceu, chegou aos 30 anos e assumiu rosto e corpo do ator Bradley James.
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| Bradley James como o anticristo em ''Damien'' |
Ele é um fotógrafo de guerra que, ao encontrar uma velha estranha na Síria, começa a acreditar que pode ser a entidade maligna responsável pelo fim da vida terrestre.
"A Fox me encontrou e disse que estava querendo desenvolver seus filmes icônicos de terror e capitalizar o sucesso de 'Bates Motel' [baseado em 'Psicose'] e 'Hannibal' ['O Silêncio dos Inocentes']", explica o produtor Glen Mazzara, que assinou "The Walking Dead" entre 2011 e 2013.
"Eles me perguntaram qual seria minha visão de uma série sobre Damien, e eu disse que tinha curiosidade de saber como estaria o personagem nos dias de hoje."
EMOCIONAL
Durante a investigação sobre suas origens, Damien se envolve com velhas paixões e amigos, mas descobre que nenhum deles está a salvo perto dele. "Temos uma história agressiva, que não apela para violência, mas sim para o emocional, algo que considero mais perturbador que zumbis", brinca Mazzara. "É um thriller psicológico no qual o personagem vai para lugares sombrios."
Mas o produtor está ciente de que o gênero não produz apenas sucessos. "Constantine" foi cancelada ainda na primeira temporada, e "Lúcifer" só sobreviveu porque teve a ajuda de "Arquivo X", exibida antes do programa.
Por isso "Damien" recebeu apenas dez episódios no ano de estreia –e ainda não foi renovada para uma nova temporada, apesar dos elogios ao último capítulo, recém-exibido nos Estados Unidos.
"Acredito que nossa série vai se diferenciar das concorrentes por ser uma jornada contínua e menos episódica", afirma o produtor. "Temos uma longa história para contar sobre alguém que nasceu para destruir o mundo. Ele não deseja isso, mas nada pode impedir essa natureza."
"Além disso, prometo que, quando o espectador estiver entendendo a série, vamos virá-la de cabeça para baixo. Não se pode ficar confortável na frente da TV. Afinal, estamos lidando com o demônio."