Folha de S. Paulo


CRÍTICA

'Voando Alto' segue passo a passo a cartilha do filme de superação

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Se há um motivo para assistir a "Voando Alto", longa movido a açúcar dirigido pelo inglês Dexter Fletcher, esse motivo é Hugh Jackman.

O ator –que incorpora a persona Wolverine em quase tudo o que faz– pertence à nobre linhagem dos canastrões carismáticos e tem aqui um papel bem de acordo com sua presença em cena.

Ele é Bronson Peary, ex-saltador de esqui beberrão que encontra Eddie Edwards (Taron Egerton), jovem inglês desastrado que sonha em disputar os Jogos Olímpicos.

Como a Inglaterra não tem tradição no esporte, ele praticamente não tem rival na luta pela vaga olímpica.

Eddie está longe de ser um grande saltador, mas sua força de vontade conquista a todos, inclusive a Bronson, que de forma alternativa aceita ajudá-lo (Bronson nega ser um treinador, por sua aversão a qualquer autoridade).

O garotão inglês passa a ser conhecido como Eddie the Eagle ("Eddie, a Águia") e torna-se famoso, apesar de ser claramente um amador.

Baseado em fatos reais –o que sempre impressiona espectadores em busca de uma autenticidade que no fundo é bem duvidosa–, "Voando Alto" segue passo a passo a cartilha do batido filme de superação.

Eddie tem um sonho. Sabe que é difícil alcançá-lo, mas não desiste. Vemos então a história desse azarão, desde criança, quando colecionava fracassos em vários esportes.

Quando tudo caminha para o inevitável tédio, surge Christopher Walken, outro ator de inegável carisma, como Warren Sharp, famoso treinador que no passado se desentendeu com o pupilo rebelde Bronson.

E Jackman e Walken fazem o que podem para que "Voando Alto" não seja uma nulidade completa.

VOANDO ALTO (Eddie the Eagle)
DIREÇÃO Dexter Fletcher
ELENCO Taron Egerton, Hugh Jackamn e Christopher Walken
PRODUÇÃO Inglaterra/EUA/ Alemanha, 2016, 14 anos


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