Folha de S. Paulo


Twenty One Pilots faz festa teen lotada no Lolla com pop, rap e eletrônico

Cantando sobre dilemas morais e os próprios defeitos —às vezes, tirando onda deles—, o duo de electropop Twenty One Pilots estreou no Brasil do jeito que gosta de fazer suas apresentações: com maquiagem marcante, moletom-máscara de caveira e monstro verde, além de algum malabarismo corporal.

A performance explosiva de Tyler Joseph (vocal) e Josh Dun (bateria), que combina mortais de costas e corridas de um lado para o outro do palco, foi recebida com igual intensidade pelo público adolescente que preencheu quase toda a pista do palco Skol. No show com clima de balada a céu aberto não teve música sem coro ou mãos para o alto, especialmente em "Stressed Out" e "Heavy Dirty Soul".

Formada em 2009, a banda de Ohio (EUA) tem dois discos, "Vessel" e o mais recente, "Blurryface. O som é uma miscelânea musical na qual cabem um ensaio de dubstep, rap com distorções de voz, levada de reggae e até pop semi-açucarado. Curiosamente, as alterações melódicas não ficam esquizofrênicas. Tudo parece intencional —mesmo quando Josh maltrata seu kit de bateria.

A dupla esquisitinha —com olheiras pintadas de rosa e o pescoço manchado por tinta preta— pareceu se divertir e arrancou suspiros do público, majoritariamente feminino, ainda mais quando o baterista decidiu tirar a camisa.

Para se consagrar, Josh decidiu escalar o palco pela grade lateral, de onde balançou a bandeira do Brasil. Desceu lentamente para se despedir e cantar a última, com direito a chuva de papel picado e batidas em tambores que esparramavam água nos fãs. "A gente é o Twenty One Pilots e, se vocês quiserem, a gente adoraria voltar ao Brasil qualquer dia desses", se despediu.


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