Folha de S. Paulo


Instituto Inhotim confirma portuguesa Marta Mestre em sua curadoria

Uma das curadoras do Museu de Arte Moderna do Rio que se desligou da instituição carioca no ano passado, a portuguesa Marta Mestre, 35, será a nova curadora do Instituto Inhotim, substituindo Rodrigo Moura, que deixou o cargo de diretor artístico do museu do magnata do minério Bernardo Paz em janeiro.

Mestre, no entanto, não será alçada por enquanto ao antigo posto de Moura, devendo se juntar ao time de curadores que permanece no museu nos arredores de Belo Horizonte –o norte-americano Allan Schwartzman e o alemão Jochen Volz, que também está à frente da próxima Bienal de São Paulo.

Jovem, conhecida por sua pesquisa sobre novos artistas e mostras que organizou no MAM do Rio, Mestre completa um time de estrangeiros agora responsável pelos rumos do Inhotim, que tem um dos maiores acervos de arte contemporânea do mundo.

Ela também atua como crítica de arte e editou em Portugal obras de filósofos como Jacques Rancière e Aby Warburg.

Há seis anos no Rio, Mestre vai se mudar agora para Belo Horizonte, de onde tentará "estabelecer pontes" com Schwartzman, em Nova York, e Volz, em São Paulo. "Tenho uma enorme responsabilidade e uma enorme honra em assumir esse compromisso", disse à Folha.

Diretor executivo do Inhotim, Antônio Grassi continuará exercendo de modo interino a posição de diretor artístico do museu. Em crise por causa da queda nos preços do minério de ferro, o Inhotim vem adiando planos, como novos pavilhões dos artistas Olafur Eliasson, Anish Kapoor, Nuno Ramos e Ernesto Neto, e ainda não anunciou uma programação para 2016.

"É um momento delicado, mas poderemos enfrentar a crise com nossa equipe muito capacitada", diz Mestre.


Endereço da página:

Links no texto: