Folha de S. Paulo


CRÍTICA FILME NA TV

Formidável, Mia Wasikowska dá vida a 'Amantes Eternos'

Trailer de 'Amantes Eternos'

Não sei se vale para todo mundo, mas vale para mim: os filmes de Jim Jarmusch costumam impressionar à primeira vista, mas logo se tornam fumaça. No caso de "Amantes Eternos" (2013, TC Cult, 17h35) várias coisas chamam a atenção.

Tanto o rock como a ambientação e o tom mortiço dos vampiros Adam e Eve são ideias formidáveis: há um tédio eterno envolvendo esse amor de Adão e Eva. O tédio do humano, de certo modo.

Como seguir adiante? Depois de um início que nos engaja, faltam ao filme ideias que lhe deem vida —sem piada. Até que surge Ava, a formidável Mia Wasikowska. Ava é a irmã de Eve. E uma outra Eva. Eva renascida, talvez: ela é quem trará um quê de anarquia e vitalidade ao mundo de mortos-vivos.

Ainda hoje, atenção a "La Folie Almayer" (ou a loucura Almayer) (2011, TV5 Monde, 2h22), a última ficção da cineasta Chantal Akerman (1950-2015).


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