Folha de S. Paulo


Presidente da Academia faz 'mea culpa' sobre desigualdade no Oscar

Cheryl Boone Isaacs, presidente da Academia de Artes e Ciências Cinematográficas, fez um "mea culpa" em relação às críticas que a instituição tem recebido por sua desigualdade e de gênero nas últimas edições do Oscar.

Em discurso na cerimônia no domingo (28), ela afirmou que a instituição tem responsabilidade por dialogar com um público "global e diverso", e que precisa ser um "reflexo da mudança" da sociedade.

"Todo mundo em Hollywood tem responsabilidades nas mudanças. Precisamos agir. Inclusão nos fará mais fortes", afirmou.

Mario Anzuoni - 19.fev.2014/Reuters
Academy President Cheryl Boone Isaacs poses for a portrait inside the The Samuel Goldwyn theatre at the Academy of Motion Picture Arts and Sciences in Beverly Hills, California in this February 19, 2014 file photo. The Academy of Motion Picture Arts and Sciences, organizer of the Oscar awards, pledged on January 22, 2016 to double its membership of women and minorities by 2020 through an ambitious affirmative action plan that includes stripping some older members of voting privileges. Boone Isaacs, who became the first African-American to assume the organization's top post in the summer of 2013, hailed Friday's move as demonstrating the academy is ready
Cheryl Boone Isaacs na cerimônia do Oscar de 2014

Nesta edição, o Oscar foi criticado por não indicar artistas negros em suas principais categorias —o ator Will Smith e o diretor Spike Lee boicotaram a cerimônia. Um estudo também apontou que Hollywood é um clube de meninos brancos, por não dar espaço a mulheres e à diversidade étnica.

Isaacs, no entanto, não deu exemplos concretos das mudanças que a instituição que preside estaria tomando para se tornar mais inclusiva.


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