De tempos em tempos, Clint Eastwood doa um filme a algum protegido. É o que parece ter ocorrido em "Curvas da Vida" (2012, MaxPrime, 16h, 12 anos), em que Robert Lorenz, seu colaborador de longa data, estreia na direção.
Estreia bem decente, diga-se, mas num filme em vários aspectos bem clintiano. Ele é um "scout", recrutador de jogadores de beisebol para os grandes times, a ponto de se aposentar do próprio. Como insiste em prosseguir, a equipe chama sua filha para ajudá-lo.
Só como tema temos aqui: o homem à beira de aposentar-se; a ideia de crepúsculo da vida; a persistência (ele costuma ser um cabeça- dura); relações tensas entre homem e mulher, pai e filha.
A produção é da Warner e da Malpaso (esta, de Clint diretamente). Há muita coisa perto da cadeira do diretor para que se possa dizer com certeza quem, de fato, a ocupa.