Folha de S. Paulo


Disputa por Urso de Ouro em 2016 tem menos africanos, asiáticos e latinos

Filmes fora do eixo Europa-América do Norte sofreram um ligeiro recuo na mostra competitiva do Festival de Cinema de Berlim.

Se nos últimos dois anos paisagens asiáticas, latinas e africanas preencheram ao menos um terço das produções que concorreram ao Urso de Ouro –os dois últimos vencedores foram asiáticos, aliás–, neste ano as cores estarão menos exóticas ao olhar alemão.

Quatro dos 18 filmes na disputa principal têm um pé fora de Estados Unidos, Europa e Canadá.

Reprodução
Johnny Ortiz em cena de
Johnny Ortiz em cena de "Soy Nero", concorrente ao Urso de Ouro

O filipino Lav Diaz, figura fácil em festivais, testa a paciência do público com mais um filme longuíssimo, de oito horas, e em preto e branco: "Canção de Ninar ao Mistério Doloroso".

O iraniano Rafi Pitts tenta o prêmio máximo pela terceira vez com "Soy Nero", em coprodução com México, e seu conterrâneo Mani Haghighi apresenta "Um Dragão Chega!", drama político com tintas surreais. A China leva um único título: "Contracorrente", de Yang Chao.

Do outro lado do globo vem "Zero Days", documentário do americano Alex Gibney sobre vigilância na internet. O francês André Téchiné exibe "Being 17" e o dinamarquês Thomas Vinterberg, "A Comunidade".

Fora da competição, o festival abre com "Ave, César!", comédia dos irmãos Ethan e Joel Coen sobre a Hollywood dos anos 1950. Já Spike Lee exibe "Chi-Raq", que transplanta a peça grega "Lisístrata: A Greve do Sexo", de Aristófanes, para o universo das gangues de Chicago.

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CONFIRA FILMES CONCORRENTES AO URSO DE OURO

> "24 Semanas"
> "Sozinho em Berlim"
> "Boris sem Beatrice"
> "Cartas da Guerra"
> "Contracorrente"
> "Genius"
> "Um Dragão Chega!"
> "Fogo no Mar"
> "Canção de Ninar ao Mistério Doloroso"
> "Hedi"
> "A Comunidade"
> "L'avenir"
> "Midnight Special"
> "Being 17"
> "Morte em Sarajevo"
> "Soy Nero"
> "Zero Days"
> "Estados Unidos do Amor"


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