Folha de S. Paulo


Pedro Cardoso e sátira 'Urinal' são destaques do teatro em 2015

Confira abaixo o melhor e o pior do teatro em 2015, segundo a "Ilustrada".

O MELHOR

1. "A Tempestade"

O apuro estético do diretor Gabriel Villela encontra o popular de Shakespeare, O cenário e o figurino brilham nos detalhes, com referências ao barroco e ao sertão mineiro. Destaque também para as interpretações, em especial a de Chico Carvalho.

2. "O Homem Primitivo"

Escrita e interpretada pelo casal Graziella Moretto e Pedro Cardoso, a peça critica o machismo sem perder de vista o humor e sem cair em pieguismos; o texto é engenhoso e discretamente aberto a improvisos.

3. "Um Bonde Chamado Desejo"

Clássico de Tennesse Williams é um dos grandes textos da dramaturgia americana e ganhou tempero especial com a atuação memorável de Maria Luisa Mendonça no papel da personagem desequilibrada e frágil Blanche DuBois.

Lenise Pinheiro/Folhapress
Maria Luisa Mendonca e Eduardo Moscovis em cena de 'Um Bonde Chamado Desejo
Maria Luisa Mendonca e Eduardo Moscovis em cena de 'Um Bonde Chamado Desejo'

4. "O Filho"

Com texto de Alexandre Dal Farra, autor proeminente no cenário paulistano, baseia-se em Kafka para revelar novos olhares sobre a relação pai e filho; em um belo jogo sobre a memória, ocupa um galpão cheio de mobiliário antigos

5. "Urinal"

Impactante, a sátira remete ao melhor dos musicais políticos, como Brecht. Em clima underground, tudo é rico —o texto de Greg Kotis, a música de Mark Hollmann, a direção de Zé Henrique de Paula. Pungente

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MICO DO ANO

"Barbaridade"

Não bastasse a premissa sobre a velhice descambar para o discurso demagógico, o musical de José Lavigne tinha figurinos medonhos, uma coreografia desengonçada e dramaturgia sem pé nem cabeça.


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