Folha de S. Paulo


Fechamento da Cosac e traduções de Tolstói marcaram literatura em 2015

Confira abaixo o melhor e o pior da literatura em 2015, segundo a "Ilustrada".

O MELHOR

1. "Enciclopédia", de Diderot e D'Alembert (ed. Unesp)

A tradução e seleção dos verbetes dos volumes de Diderot e D'Alembert preencheram uma lacuna de fontes para estudar o Iluminismo, além de permitir ao leitor leigo aproximar-se, em português, de um texto fundamental da humanidade.

2. "Contos Completos", de Tolstói (Cosac Naify)

Traduzido por Rubens Figueiredo, em mais uma fase de sua empreitada para traduzir o mestre russo, o volume trouxe 2.000 páginas e 260 histórias. Escritos entre 1850 e 1910, os contos traçam um amplo painel do império russo no período.

3. "A Amiga Genial", de Elena Ferrante (Biblioteca Azul)

Este foi o primeiro volume da tetralogia napolitana da escritora que esconde sua identidade ao chegar ao país. A história mostra o amadurecimento de duas amigas em Nápoles, depois do fascismo.

4. "A Casa da Vovó", de Marcelo Godoy (Alameda Editorial)

Ganhador do Prêmio Jabuti de melhor livro de não ficção do ano, Marcelo Godoy contou a história do aparelho de repressão do regime militar. A reportagem é fruto de um trabalho de dez anos do autor, nos quais ele contou com entrevistas com 25 ex-agentes do aparelho repressor.

5. "Jóquei", de Matilde Campilho (Editora 34)

A estreante portuguesa foi a escritora mais vendida durante a Flip deste ano. Com um livro que fica a cavalo entre o Rio de Janeiro e Lisboa, misturando prosa e verso, mas sem deixar de ser poesia, Matilde foi bem recebida pela crítica tanto no Brasil quanto em Portugal.

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MICO DO ANO

Cosac Naify

Charles Cosac resolveu fechar sua editora no final de novembro. Só esqueceu de avisar seus autores e funcionários, que ficaram sabendo pela imprensa.

Bruno Poletti - 24.set.2015/Folhapress
O empresário Charles Cosac
O empresário Charles Cosac

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