Folha de S. Paulo


Romance de Estevão Azevedo é eleito livro do ano no Prêmio SP

Estevão Azevedo teve seu "Tempo de Espalhar Pedras" (Cosac Naify), eleito como o melhor livro do ano pelo Prêmio São Paulo de Literatura, anunciou na noite desta segunda-feira (30) o júri do troféu literário.

Para os jurados, o autor se destacou entre os competidores pelo "amplo domínio da maestria narrativa e ficcional", com "texto surpreendente", que "se inscreve na melhor tradição do romantismo brasileiro e do realismo modernista nordestino".

Em "Tempo de Espalhar Pedras", Estevão Azevedo narra a vida de quatro personagens em uma área de mineração. Ele já havia sido finalista do São Paulo em 2009, com o romance "Nunca o Nome do Menino" (ed. Terceiro Nome).

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O escritor Estevão Azevedo, ganhador do Prêmio São Paulo de Literatura Crédito Ivson Miranda/Itaú Cultural/Divulgação ***DIREITOS RESERVADOS. NÃO PUBLICAR SEM AUTORIZAÇÃO DO DETENTOR DOS DIREITOS AUTORAIS E DE IMAGEM***
O escritor Estevão Azevedo, ganhador do Prêmio São Paulo de Literatura

Nas categorias para estreantes foram eleitas duas autoras pernambucanas.A primeira, na categoria de autores com mais de 40 anos, foi Micheliny Verunschk, por "Nossa Tereza: Vida e Morte de Uma Santa Suicida" (Patuá). Entre os estreantes com menos de 40, a eleita foi Débora Ferraz, por "Enquanto Deus Não Está Olhando" (Record).

Estevão Azevedo leva para casa R$ 200 mil como prêmio, enquanto as estreantes ganham R$ 100 mil cada. O São Paulo é o troféu literário que premia o vencedor com a maior quantia em dinheiro no país.

Tempo de Espalhar Pedras
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Azevedo desbancou finalistas com carreiras literárias mais estabelecidas que a sua. Ele concorria com "O Irmão Alemão" (Companhia das Letras), de Chico Buarque; "A Primeira História do Mundo" (Record), de Alberto Mussa; "Mil Rosas Roubadas" (Companhia das Letras), de Silviano Santiago; e "O Professor" (Record), de Cristovão Tezza, entre outros.

Este ano, o Prêmio São Paulo teve um aumento de 40% nas inscrições -chegando a um total de 215 livros, entre os quais foram eleitos os 21 finalistas, de nove estados brasileiros. Ao todo, foram 111 autores veteranos e 104 estreantes.

O júri do troféu literário é composto por cinco pessoas: Francisco Foot Hardman, do departamento de teoria literária da Unicamp, Jiro Takahashi, do Centro Universitário Ibero-Americano e Maria Fernanda Rodrigues, do jornal "O Estado de S. Paulo".

Também compõem os júri Rogério Pereira, fundador do jornal literário "Rascunho" e diretor da Biblioteca Pública do Paraná e Sylvia de Albernaz Machado do Carmo Guimarães,co-fundadora da Ong Vaga Lume.

ESTREANTES
Prêmio SP elege duas autoras pernambucanas

Micheliny Verunschk, 43, foi escolhida a melhor estreante com mais de 40 anos com o romance "Nossa Teresa: Vida e Morte de Uma Santa Suicida". O livro narra a história de Teresa, uma garota que se mata e depois é canonizada, e de um padre que mais tarde se torna papa.

Débora Ferraz, 28, foi eleita a melhor autora estreante com menos de 40 anos pelo romance "Enquanto Deus Não Está Olhando" (Record). A obra conta a história de Érica, uma artista plástica jovem que parte em busca do pai, que fugiu do hospital onde estava internado.


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