O blockbuster "Deuses do Egito", um dos grandes lançamentos do ano que vem e previsto para estrear em fevereiro de 2016 no Brasil, gerou críticas na internet pela presença maciça de atores brancos nos papéis principais da trama –épico de aventura em que divindades egípcias e mortais lutam pelo controle do mundo.
O próprio diretor Alex Proyas ("Eu, Robô") admitiu, em comunicado: "Nossas escolhas para o elenco deveriam ter sido mais diversas. Peço sinceras desculpas àqueles a quem ofendemos por essas decisões".
"Deuses do Egito" tem o escocês Gerard Butler no papel do deus Set, o dinamarquês Nikolaj Coster-Waldau (o Jaime Lannister de "Game of Thrones) no papel do deus Horus, além dos australianos Courtney Eaton, Brenton Thwaites e Abbey Lee –todos brancos– no elenco principal.
As polêmicas surgiram quando foram divulgados os primeiros pôsteres e o trailer oficial do filme.
Os estúdios da Lionsgate também pediram desculpas. "Admitimos que é nossa responsabilidade ajudar a assegurar que as decisões do elenco reflitam a diversidade e acultura dos períodos históricos retratados", informou em nota. "Nesse quesito, falhamos em manter os nossos padrões de sensibilidade e diversidade."
A edição virtual da revista "Entertainment Weekly" aponta que o filme é o mais recente exemplar de uma tendência de "whitewashing", isto é, de camuflar o elenco de filmes que retratam episódios históricos ou ocorridos fora do Ocidente com atores brancos, como é o caso de "Êxodo: Deuses e Reis" (2014) e do drama LGBT "Stonewall".
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| Pôster do filme "Deuses do Egito" |