Aos 40 anos –12 deles sendo um dos rostos do Brasil em Hollywood–, Rodrigo Santoro agora pensa em sossegar. "E criar uma rotina para poder pegar a minha onda", diz à Folha o ator de Petrópolis (RJ), no elenco de "Os 33", filme que estreia nesta quinta (29), sobre o resgate dos mineiros chilenos soterrados em 2010.
O sossego significa investir mais em seriados como "Westworld", ficção científica que vai ao ar em 2016. "A rotina dos filmes é mais instável, é uma vida cigana."
Em "Os 33", sua nova "ciganagem", Santoro vive o ministro sob pressão para resgatar os mineiros, capitaneados no filme por Antonio Banderas.
"O ministro também foi soterrado. Pelas emoções, por uma pressão mundial", diz.
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| Rodrigo Santoro como o ministro do filme "Os 33", sobre os mineiros soterrados do Chile |
No filme dirigido pela mexicana Patricia Higgen ("Sob a Mesma Lua"), Juliette Binoche é a irmã de um dos mineiros. A personagem, revoltada, desfere um tapa no rosto do personagem de Santoro. "Doeu, mas carrego com alegria."
Apesar dos planos de aquietar, Santoro lança no ano que vem um remake do épico "Ben-Hur", no qual vive Jesus; o faroeste "Jane Got a Gun" e "Dominion". Também volta às novelas, das quais está afastado desde 2003, na próxima trama das nove, "Velho Chico".
Após mais de uma década colecionando papéis que vão do surfista calado de "As Panteras: Detonando" (2003) ao gigante rei Xerxes de "300" (2006), o ator diz que não faz balanço da carreira internacional. "São 12 anos já? Se você diz..."