Faxineiros italianos jogaram fora uma instalação artística do Museu de Arte Contemporânea de Bolzano, Itália, informou o "International Business Times" do Reino Unido. Eles confundiram as 300 garrafas de champanhe vazias, os confetes e as bitucas de cigarro jogadas de "Dove Andiamo a Ballare Questa Sera?" ["Onde Iremos Bailer Esta Noite"], das italianas Goldschmied & Chiari, com lixo.
"Nós éramos crianças durante a década de 1980, um período de consumismo, hedonismo, especulação financeira, mídia de massa, políticas socialistas e festas", explicaram as artistas na descrição da peça, cujo nome é inspirado por um guia de boates italianas feito pelo ministro das relações exteriores do país na década retratada, Gianni De Michelis.
A metáfora do fim de festa foi levada ao pé da letra pelos funcionários de limpeza do museu que desmontou a instalação. Letizia Ragaglia, diretora da instituição, disse ao jornal "Alto Adige" ter avisado a equipe.
| Reprodução/museion.it | ||
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| Instalação das italianas Goldschmied & Chiari, jogada fora por faxineiros que a confundiram com lixo |
"Dissemos a eles que limpassem somente o átrio porque foi onde o evento de sexta-feira (23) aconteceu. Evidentemente, eles confundiram as duas coisas", lamentou.
Para a sorte de todos, os faxineiros tiveram o cuidado de respeitar as regras de separação de lixo reciclável em vidro e papel, facilitando o trabalho do museu de recuperar os materiais e remontar a instalação das artistas italianas.
Ao site "International Business Times", do Reino Unido, Goldschmied & Chiari declararam: "É preciso mais do que uma vassoura para eliminar uma década de história italiana e declarar uma obra de arte como lixo".
Não é a primeira vez que instalações de arte contemporânea são confundidas com lixo e jogadas fora. Em fevereiro de 2014, uma peça composta de jornal, papelão e pedaços de biscoito de Sala Murat's, avaliada em € 10 mil também foi jogada fora por uma faxineira italiana.
Episódios semelhantes também se deram em 2004, quando um saco de papel de Gustav Metzger na Tate Britain foi descartado, e em 2001, com uma coleção de garrafas de cerveja, xícaras de café e cinzeiros de Damien Hirst teve o mesmo destino.