As sete viagens de Fernanda Yamamoto à caatinga do Cariri paraibano inspiraram a estilista em uma das suas melhores coleções.
Neste inverno 2016, a seca traz a cartela de cores áridas como bege e marrom enquanto 77 rendeiras do coletivo feminista Cunhã ficaram responsáveis pelas rendas renascenças que deram o tom do desfile.
A técnica dá leveza a vestidos, saias e macacões amplos com um ponto mais largo que o usual. Tramas construídas em feltro em tons pastel dão contraponto às cores mais escuras do inverno.
Em uma temporada em que muito se fala de celebração da diversidade, Fernanda Yamamoto foi a única a colocar mulheres reais na passarela. A estilista trouxe algumas das rendeiras que a ajudaram a construir sua coleção para desfilar para sua marca, em um momento emocionante e bastante ovacionado pela plateia, acostumada a assistir modelos desfilarem no fim.