Folha de S. Paulo


Família de traficante morto processará estúdios por filme com Tom Cruise

Não está nada fácil a produção do filme "Mena", de Doug Liman, protagonizado por Tom Cruise.

Após a morte de dois membros da equipe de filmagem, devido a um acidente aéreo nos Andes colombianos, os estúdios da Universal foram notificados de que serão alvo de um processo movido por familiares de Adler B. Seal, que no filme biográfico é vivido por Cruise.

Seal foi um piloto americano que agia a mando do cartel de drogas de Medellín, na Colômbia: durante os anos 1970 e 1980, ele era responsável por transportar drogas entre a América do Sul e os EUA. Preso em 1984, ele fez um acordo com a DEA, entidade policial de repressão ao narcotráfico dos EUA, para abater tempo de sua pena, e acabou se tornando um informante do órgão até ser assassinado dois anos depois a mando do cartel.

AFP
Tom Cruise (à dir.) posa com um soldado colombiano durante as gravações do filme
Tom Cruise (à dir.) posa com um soldado colombiano durante as gravações do filme "Mena", na Colômbia

Segundo uma das filhas de Seal, Lisa, os estúdios da Universal fecharam um acordo para filmar a vida de seu pai com membros "incorretos" da família: a terceira mulher do ex-piloto e seus três filhos.

Lisa entrou com ação em Baton Rouge, Estado da Louisiana, pedindo para ser incluída nos valores devidos já que ela se intitula a representante legal do patrimônio de Seal. Além disso, ela afirma que o roteiro contém uma série de equívocos factuais que depreciam a figura de Seal, tal como o seu retrato como um sujeito alcoólatra e pai de três, e não cinco filhos.

"Mena, que deve ser lançado em 2017, tem o ator Brian Dennehty no papel de Bill Clinton, além dos atores Jesse Plemons e Sarah Wright.

Com relação ao acidente de avião, autoridades colombianas informaram que o ator Tom Cruise havia passado, de helicóptero, pelo mesmo ponto nos Andes em que o pequeno avião se chocou apenas dez minutos antes da batida.


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