Folha de S. Paulo


Festival Literário integra três capitais sul-americanas

Três capitais sul-americanas ficam integradas a partir desta quarta (23) por um evento literário. Trata-se do Filba (Festival Internacional de Literatura de Buenos Aires) que, em sua sétima edição, atravessa os Andes e cruza o Rio da Prata, levando sua programação de 18 escritores internacionais também a Santiago e Montevidéu (informações em www.filba.org.ar).

Integram o elenco deste ano o sul-africano J.M. Coetzee e a canadense Eleanor Catton, além de um reforçado time de mais de 50 autores locais, como Martín Kohan e Pablo Katchadjian. Do Brasil, comparece Ana Paula Maia.

"Seguimos a tendência de festivais internacionais menores, que têm curadoria de nicho e estão ligados ao fortalecimento de editoras pequenas", diz a diretora do evento, Gabriela Adamo.

Mauricio Dueas Castaeda/Efe
BOG20. BOGOT (COLOMBIA), 08/04/2013.- El escritor sudafricano J. M. Coetzee, premio Nobel de Literatura 2003, participa hoy, lunes 8 de abril de 2013, en la inauguracin del Primer Seminario Internacional de Autor en la Universidad Central en Bogot (Colombia). EFE/MAURICIO DUEAS CASTAEDA ORG XMIT: BOG20
O autor J. M. Coetzee, em abril de 2013, em Bogotá

O fenômeno a que se refere começou após a crise econômica pela qual passou a Argentina em 2001. Um dos efeitos foi tornar os livros de editoras grandes, geralmente espanholas, caros e inacessíveis, por serem importados.

Um grupo de editores, então, passou a se dedicar a lançar livros de tiragem baixa (de mil a 3.000 volumes) e com público específico, além de traduções de obras menos óbvias de autores célebres, portanto mais baratas.

Logo, as pequenas editoras passaram a predominar. Hoje, só na Argentina, são mais de 400. Entre elas destacam-se Mar Dulce, Caja Negra e Adriana Hidalgo. A Eterna Cadencia, que também possui uma charmosa livraria em Palermo, foi quem fundou o Filba e hoje o organiza.

O evento ocorre no Malba (Museo de Arte Latinoamericano) e na Abadia de San Benito, um antigo monastério no bairro de Belgrano que há tempos estava fechado para o público. Agora reabre com o festival, transformando-se em um centro cultural permanente.


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