Folha de S. Paulo


Jane Birkin não quer mais ser nome de bolsa de crocodilo da Hermès

A atriz e cantora inglesa Jane Birkin pediu, nesta terça-feira (29), à marca de luxo Hermès que "rebatize" a mítica bolsa de pele de crocodilo que leva seu nome, reagindo à crueldade cometida contra esses animais.

"Depois de ter sido advertida sobre a crueldade dos métodos empregados na matança dos crocodilos para a fabricação das bolsas Hermès que levam meu nome (...) pedi à Hermès que mude o nome da Birkin Croco", declara a artista em um comunicado divulgado por seu agente.

Procurada pela agência de notícias AFP, a assessoria da Hermès não reagiu até o momento.

François Guillot/AFP
A cantora e atriz inglesa Jane Birkin
A cantora e atriz inglesa Jane Birkin

Criada no início da década de 1980, depois de um encontro entre a cantora e o então presidente da Hermès, Jean-Louis Dumas, a Birkin é uma das bolsas mais caras do mundo.

Disponível a partir dos ¬ 33 mil (R$ 123,3 mil), o modelo com pele de crocodilo também pode ser adquirido em leilão. No início de junho, uma bolsa Diamond Birkin fúcsia com pele de crocodilo foi vendida por ¬ 202 mil (R$ 754,8 mil) na Christie's de Hong Kong, um recorde.

O grupo de defesa de animais Peta iniciou em junho uma campanha, na qual pediu à Hermès "que deixe imediatamente de comprar e usar peles exóticas e de vender acessórios com pele de crocodilo e jacaré".

A organização, explica Birkin, divulgou imagens de criadouros que trabalham com a Hermès. Segundo ela, os animais "são sacrificados antes de chegar à idade adulta" e "tanto sua vida, quanto sua morte são um pesadelo".


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