Folha de S. Paulo


análise

Enfoque em orquestras não tira o brilho de récitas de câmara

O Festival de Inverno de Campos do Jordão segue voltado principalmente para a prática orquestral, e a Orquestra do Festival –grupo formado pelos bolsistas –volta a fazer três programas diferentes, com apresentações tanto em Campos como na Sala São Paulo.

No ano passado, a primeira semana dos bolsistas havia sido dedicada à música de câmara –experiência bem-sucedida, mas que exige uma antecedência no planejamento que não foi possível neste ano.

Por outro lado, a garotada irá tocar um repertório ambicioso (que inclui Mussorgski, Stravinski e Mahler) e conviver com regentes como a inglesa Sian Edwards, o japonês Eiji Oue e a titular da Osesp, Marin Alsop.

Além da Osesp e da orquestra dos bolsistas, outras 15 orquestras irão se apresentar em Campos do Jordão. Destas, apenas a Filarmônica de Goiás (com Antonio Meneses), a Sinfônica da USP e a Sinfônica Heliópolis terão programas repetidos na Sala São Paulo.

A composição contemporânea não terá tanto peso como em outras edições. Já a música antiga terá o violinista Luís Otávio Santos (no dia 5 de julho, em Campos) e Myrna Herzog na viola da gamba (no dia 11 em Campos e no dia 14 de julho em São Paulo).

Também o piano solo terá pequena participação, o que redobra a importância do recital de Marcelo Bratke com os "24 Prelúdios" op. 28 de Chopin (que acontece no dia 12 de julho em Campos).

O violão estará muito bem servido: o excepcional Cavatina Duo (flauta e violão), de Chicago (dia 12 em Campos e dia 15 em São Paulo), quarteto Maogani (dia 15 em Campos), Duo Assad (dia 17 em Campos e dia 18 em São Paulo) e ainda Manuel Barrueco com a Osesp (dias 30, 31 e 2 de agosto em São Paulo).

Outros destaques são o Quarteto Brodsky (dia 14 em São Paulo, dia 15 de julho em Campos) e um pequeno festival coral (em Campos, na última semana do mês).


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