Folha de S. Paulo


No Rio, Milton e Fernando Brant passaram 'horas lembrando canções'

Milton Nascimento, 72, escreveu em sua página oficial no Facebook, na noite deste sábado (13), que "nenhuma palavra do mundo é capaz de descrever" o quanto ele é agradecido por Fernando Brant ter feito parte "da minha existência". "Sem ele, as coisas não teriam acontecido dessa maneira."

O cantor lembrou a última vez que esteve com o compositor, morto nesta sexta (12) em decorrência de complicações após um transplante de fígado.

Fernanda Carvalho/O Tempo/Folhapress
O cantor Milton Nascimento no velório do compositor Fernando Brant, do Clube da Esquina, em MG
O cantor Milton Nascimento no velório do compositor Fernando Brant, do Clube da Esquina, em MG

"Foi há menos de seis meses, em minha casa, no Rio. Ele chegou junto com outro grande amigo, Ronaldo Bastos, e foi uma noite como há muitos anos não acontecia", escreveu Milton. "Passamos horas lembrando de histórias, canções, amigos e, principalmente, a amizade que nos guiava em todos estes anos em que passamos juntos."

Bituca, como é chamado, disse que sabia que Brant tinha um problema de saúde, mas que em "nenhum momento" eles falaram sobre isso naquela noite. "Não precisava. Fernando esteve ao meu lado nos acontecimentos mais importantes da minha vida. E isso já era o suficiente a ser lembrado."

Depois, o cantor lembrou que seu show mais recente, no dia 5, em Santos (SP), um jornalista pediu que ele contasse qualquer história. E ele, "automaticamente", passou a falar de Brant. "E de quando eu estava em São Paulo e fiz três músicas no mesmo dia: 'Pai Grande', 'Morro Velho' e 'Travessia'. Esta última, a que levei para Fernando Brant fazer a letra em Belo Horizonte. O resto é história."

Milton se despediu com um "Obrigado Amigo, muito obrigado".


Endereço da página:

Links no texto: