Folha de S. Paulo


Ney Matogrosso inaugura espaço com show 'livre' de coreografias

É com o show "Atento aos Sinais" (2013) que o cantor Ney Matogrosso abre as portas do Teatro Porto Seguro nesta quarta-feira (6).

Espetáculo mais vibrante e roqueiro, mescla canções de compositores como Caetano Veloso, Paulinho da Viola e Itamar Assumpção a criações de nomes menos conhecidos, caso de Rafael Rocha e Dani Black.

Raquel Cunha/Folhapress
O cantor Ney Matogrosso, que faz o show de abertura do Teatro Porto Seguro, em São Paulo
O cantor Ney Matogrosso, que faz o show de abertura do Teatro Porto Seguro, em São Paulo

Leia, a seguir, trechos da entrevista que ele concedeu à Folha.

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Folha - Assim como em outros trabalhos, você dá uma atenção muito grande para o show, que foi criado antes do disco. 'Atento aos Sinais' mudou muito desde a estreia?

Ney Matogrosso - Do repertório eu mudei pouca coisa, mas do entendimento do show mudou muito. Quando eu ouvi o disco e assisti à gravação do DVD, eu saquei mais coisa ainda. O show não é coreografado, eu faço o que quero. Entendi que eu estava muito preso às minhas coreografias e que poderia ficar muito mais livre.

Você faz um repertório com autores muito diversos.

Eu não tenho problema em misturar "medalhões" com gente desconhecida. Senão, não faço mais nada, porque o tempo de encomendar música para compositor acabou.

É uma apresentação com muito metal, seja nas músicas, seja no visual.

Sim. Além das músicas, eu queria figurinos brilhantes e anatômicos. Não queria me esconder. Estou vestido, mas mostrando tudo. São calças anatômicas, que entram na minha bunda, que mostram o meu pau, e eu gosto disso.

O começo do show tem imagens de violência e de protesto. É um reflexo da situação atual do Brasil?

Quando criei o show, não havia as manifestações de 2013, mas já tinha a Primavera Árabe. Minha intenção era me referir ao mundo, mas vi que estava falando do Brasil também e coloquei imagens daqui.

O que eu falo ali é muito compatível com a nossa realidade. As pessoas reconhecem e acham que eu fiz isso por causa das manifestações.


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