Folha de S. Paulo


Festival de Finos Filmes exibe curtas inéditos e premiados

Era um cinema de rua. Virou estacionamento. Era um casarão cheio de memórias. Também virou estacionamento. "Temos a necessidade de 12 mil vagas por dia em São Paulo", diz um dos depoentes do curta-metragem "E".

A obra de Alexandre Wahrhaftig, Helena Ungaretti e Miguel Antunes Ramos, é uma das atrações do 2º Festival de Finos Filmes, que exibe até o dia 11 uma seleção de 20 curtas, incluindo 15 na mostra competitiva e cinco em sessão paralela, dedicada a produções holandesas.

"São Paulo é uma cidade enorme e tem uma carência de festivais dedicados aos curtas", diz Felipe Poroger, que criou o evento com Quico Meirelles, filho do também cineasta Fernando Meirelles.

Neste ano, as seis produções nacionais competem na mesma mostra que as estrangeiras, reduzindo, assim, de 20 para 15 os filmes na disputa. "Quisemos uma seleção menor e mais uniforme, menos irregular", diz Poroger.

Divulgação
Cena do curta
Cena do curta "O Caminhão do Meu Pai", do diretor brasileiro Maurício Osaki, que está na mostra Finos Filmes

Na seleção há curtas como a coprodução Brasil-Vietnã "O Caminhão do Meu Pai, de Mauricio Osaki, que quase figurou entre os indicados ao Oscar. A ficção "Vestibular", de Toti Loureiro e Ruy Prado, aborda a paranoia de um candidato ao curso de medicina.

Na mostra de curtas holandeses será exibido o inédito "A Single Life", de Marieke Blaauw, Joris Oprins e Job Roggeveen, indicado ao Oscar de melhor curta em animação.

Compõem o júri da ala competitiva o diretor Daniel Ribeiro ("Hoje Eu Quero Voltar Sozinho") e Cássio Starling Carlos, crítico da Folha.

A abertura acontece na noite desta terça-feira (5), no Belas Artes. A programação ocupa também salas no Museu da Imagem e do Som, Faap, Cinusp e Centro Maria Antônia. A programação, gratuita, pode ser conferida em facebook.com/finosfilmes.


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