Se o Brasil quer constituir uma indústria de audiovisual, é melhor nos conformarmos, porque o padrão será mesmo "Minha Mãe É uma Peça" ou "Trair e Coçar..." e por aí afora: a massa de espectadores reconhece como espetáculos filmes que têm familiaridade com os produtos da Globo.
Pode não ser grande coisa, mas é um espelho do que somos. E ninguém me convencerá de que "Velozes e Furiosos 7", por exemplo, é muito melhor.
Se, no entanto, falamos de "Se Eu Fosse Você 2" (2009, 12 anos, Warner, 18h15), estamos no território do que há de melhor no "padrão Globo".
Respeita-se o espectador com a história do casal que troca de papéis (e é instrutivo estar na pele do outro –não necessariamente em questões sexuais), com boa direção etc. Tem suas fraquezas e concessões, mas o conjunto é digno e apropriado.
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| Ao centro, os atores Glória Pires e Tony Ramos, em cena do filme "Se Eu Fosse Você 2" (2008), de Daniel Filho |