Folha de S. Paulo


Irmã nega rumor de que Lou Reed sofreu choques contra bissexualidade

Dias antes de irmão Lou Reed ser homenageado no Hall da Fama do Rock, Merrill Reed Weiner divulgou nesta quarta-feira (15) um texto em que ela desmente um dos fatos mais controversos da biografia do músico: que o tratamento com eletrochoques a que ele se submeteu foi para curá-lo da bissexualidade.

"Meus pais foram muitas coisas, menos homofóbicos", diz ela, que ainda nega que Reed tenha sido abusado pelo pai. Merrill conta que o irmão sofria de fobias, evitava estar em público e tinha crises de ansiedade. Aos 16 anos, ele começou a sair e a experimentar drogas, ficando ainda mais incomunicável com os pais.

No primeiro ano como calouro na Universidade de Nova York, o músico sofreu um colapso nervoso – foi diagnosticado com esquizofrenia e passou por tratamento psiquiátrico.

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Retrato do cantor Lou Reed feito pelo fotógrafo Hedi Slimane. A imagem integrou a exposição Sonic, na Fondation Pierre Bergé - Yves Saint Laurent
Retrato do cantor Lou Reed feito pelo fotógrafo Hedi Slimane. A imagem integrou a exposição Sonic, na Fondation Pierre Bergé - Yves Saint Laurent

"Ele não melhorava. Apesar dúvidas, meus pais respiraram fundo e levaram Lou a um psiquiatra. Quem sabe o que acontecia nas sessões? Eu só sei que o terapeuta recomendou tratamentos com eletrochoque. O médico conhecia o impacto do abuso de substâncias em Lou ou algum contexto familiar? Alguma terapia familiar foi oferecida nesse processo?", questiona ela.

Ela ainda diz que os pais se sentiram responsáveis por toda a vida pela saúde mental do filho, graças aos médicos que enfatizavam que os problemas psicológicos de Reed eram culpa de seus progenitores.

Lou Reed morreu em 2013, em decorrência de uma crise hepática. Ele será apresentado ao Hall da Fama do Rock Patti Smith neste sábado (18), junto com Ringo Starr e a banda Green Day.

Leia aqui o texto de Merrill Reed na íntegra, em inglês.


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