Folha de S. Paulo


Uso da moeda de mentira do Lollapalooza confundiu público

O uso da moeda do Lollapalooza -o "mango"- confundiu o público durante o festival. No domingo (29), alguns ambulantes já não aceitavam mais os tíquetes porque, segundo eles, não seria possível trocá-los depois do evento.

A produção afirma que a norma só valia para vendedores de comida que não eram parceiros oficiais. Para os de bebidas, a orientação era continuar vendendo em mango -cada "moeda" valia R$ 2,50.

Ainda assim, alguns ambulantes ou se recusavam a receber o tíquete ou cobravam mais para fazê-lo. A reportagem presenciou casos em que um copo de cerveja saía mais caro em mango do que em real.

Um vendedor com um barril de chope nas costas, com o logo da marca que patrocinava o evento, cobrava pelo copo de 400 ml da bebida cinco mangos (R$ 12,50), apesar de levar um aviso indicando que o produto deveria sair por quatro mangos (R$ 10). Quem comprasse em dinheiro desembolsava R$ 10.

Problema parecido ocorreu com capas de chuva: no autódromo, a Folha flagrou ambulantes vendendo o item a R$ 15 ou a dez mangos (R$ 25).

Houve, porém, quem cobrasse mais pelo mesmo produto se ele fosse vendido em real -um cachorro-quente custava cinco mangos (R$ 12,50), mas, em dinheiro, saía por R$ 15. Uma das maiores reclamações do público era que o mango mascarava os preços altos dos alimentos à venda no festival.


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