Folha de S. Paulo


Scalene toca para quase ninguém e faz show sem surpresas

Que fique claro: o Scalene é uma boa banda de rock. "Real/Surreal", o álbum que os brasilienses lançaram em 2013, é redondo, com bom riffs de guitarra e letras que tentam ficar acima da fraca média do atual rock em português.

Mas, apesar de alguns momentos de som mais furioso, é um disco que nunca surpreende. Um daqueles casos em que se pode ser bom e óbvio ao mesmo tempo.

E o show da banda que abriu o palco Skol no segundo dia do Lollapalooza Brasil foi uma audição do rock certinho que se conhecia de estúdio.

Havia no palco animação e nervosismo, coisas que normalmente fazem bem a uma banda. Mas tocar num lugar gigantesco com pouquíssima gente diante do palco (umas 200 pessoas) traz uma frustração natural.

O Scalene precisa de um jeito de surpreender quem vai ver a banda tocar. Os caras entendem do que estão fazendo. Mas precisam ousar.

HORÁRIO 11h50
PALCO Skol
O VISUAL o "casual indie" herdado do rock inglês dos anos 1990
QUANTO DUROU 45 minutos
QUANTO DEVERIA TER DURADO isso mesmo. Havia pouco público interessado para justificar mais
"O CARA" DO SHOW Aquiles Bezerra Fortuna, 19, estudante, que deixou o autódromo à 1h de domingo, foi dormir em casa, no bairro de Perdizes, e estava de volta às 11h para ver o primeiro show do segundo dia


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