Folha de S. Paulo


Exposição em Nova York reúne roupas e objetos de 'Mad Men'

"Os seguranças estão de prontidão", diz a curadora Barbara Miller, do Museum of the Moving Image (Museu da Imagem), à Folha. Em 2014, Miller passou semanas vasculhando caixas, móveis e araras de roupa guardadas num galpão em North Hollywood, Califórnia.

De lá, mais de 5.000 objetos –de absorventes femininos a sofás– foram despachados para a sede do museu no bairro do Queens, em Nova York, para uma das maiores exposições já dedicadas a uma série de TV.

Na mostra "Matthew Weiner's Mad Men", visitantes podem conferir dois cenários: a cozinha onde Betty Draper (January Jones) foi infeliz por quatro temporadas e o escritório em Manhattan, com vista para o prédio da empresa Pan Am, que o publicitário Don Draper (Jon Hamm) começou a ocupar a partir da quarta temporada.

Uma entradinha protegida por acrílico deixa o visitante chegar perto das garrafas de uísque do personagem. Outra sala construída foi a de conferência, ocupada por Weiner, roteirista da série, e sua equipe. Entre os objetos sobre a mesa, uma embalagem com comprimidos do analgésico ibuprofeno e a réplica do laptop Mac do criador do seriado.

O trabalho da figurinista Janie Bryant é representando por 33 trocas de roupas, incluindo o vestido preto usado pela atriz Jessica Paré, segunda mulher de Draper, na festa de 40 anos dele. Uma TV ao lado do vestido exibe, em looping, a cena em que Jessica canta a faixa "Zou Bisou Bisou" no quinto ano da série.

Também –e é aí que os guardas devem ficar bem atentos– é possível ver a caixa de segredos de Draper, na qual estão fotos da família e mementos que revelam a identidade do personagem.

A descrição do verdadeiro Draper está entre as anotações que Weiner foi acumulando desde 1992, quando concluiu o episódio piloto. Num pedaço de papel, ele escreveu uma de suas epifanias para talvez ser um diálogo do protagonista: "Amar significa não ter controle sobre nada".


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