Folha de S. Paulo


Em crise, Pinacoteca perde 15% do orçamento e demite 29 funcionários

Um dos museus mais afetados pela onda de cortes no orçamento da Cultura no governo paulista, a Pinacoteca do Estado acaba de confirmar que reduzirá em 15% seu orçamento. A instituição recebe R$ 27 milhões por ano da Secretaria de Estado da Cultura.

Em decorrência do corte, serão demitidos 29 de seus funcionários, o que corresponde a 11,5% do total da folha de pagamento. Além disso, o museu não ficará mais aberto em horário estendido, até as 22h, às quintas-feiras, voltando a fechar no horário normal, às 18h.

Estão confirmadas, no entanto, mostras que já estavam agendadas, como a do escultor Nelson Felix, que será aberta em 11 de abril, a do pintor irlandês Sean Scully, com estreia em 18 de abril, e uma exposição de esculturas de José Resende, marcada para 25 de abril.

Também está mantida a mostra mais aguardada do ano na Pinacoteca, uma exposição que começa em julho com obras dos principais pintores paisagistas do Reino Unido vindas da Tate, em Londres. Em novembro, o museu inaugura uma exposição com obras da coleção da marchande espanhola Helga de Alvear.

Os cortes na Pinacoteca vêm na esteira de outros já anunciados por museus ligados à Secretaria de Estado da Cultura em São Paulo. O Museu Afro Brasil anunciou que demitirá 25 funcionários ao enxugar em 10% seu orçamento, enquanto o Museu da Imagem e do Som e o Paço das Artes cortaram, juntos, 18 nomes da folha de pagamento.O MIS também reduzirá em uma hora por dia seus horários de funcionamento, e o Paço passará a fechar também às terças, além das segundas.

Outra instituição estadual, o Museu de Arte Sacra já anunciou que poderá fechar também às terças e estuda cobrar pelo estacionamento, além de planejar uma redução significativa de sua programação.


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