Folha de S. Paulo


Crítica: Virtudes de Tim Burton estão em 'Alice no País das Maravilhas'

A Alice de Lewis Carroll passa por poucas e boas. Pode ficar grande, horrivelmente enorme, e pode ficar minúscula –conforme o frasco que toque. Pode se ver às voltas com um coelho apressado, relojoeiros malucos e tudo mais.

Nenhum encontro nesse mar de pesadelos é pior, no entanto, do que aquele com a Rainha de Copas, com seus ímpetos de cortar a cabeça do primeiro que a incomode.

A dúvida logo se instala: um livro infantil ou um de terror? Na dúvida, ninguém melhor do que Tim Burton para dirigir uma adaptação. É verdade que nos cinemas "Alice no País das Maravilhas" (2010, TNT, 13h55, 10 anos) saiu prejudicado pela improvisada decisão de realizá-lo em 3D.

Mas as virtudes de Burton se encontram ali. Entre elas a de dirigir tão bem atores como Johnny Depp, Anne Hathaway, Christopher Lee etc. Mas o verdadeiro achado, aqui, é a jovem e formidável Mia Wasikowska, a Alice da história.

Divulgação
Mia Wasikowska em cena do filme
Mia Wasikowska em cena do filme "Alice no País das Maravilhas", do diretor Tim Burton

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