Folha de S. Paulo


Nova estilista da Hermès mantém herança da grife

"Impecável", "correto" e "clássico" foram as palavras mais usadas por fashionistas para definir o primeiro desfile da estilista Nadège Vanhee-Cybulski no comando da grife Hermès. Mas, dado anseio em torno da apresentação, um "superou expectativas" cairia bem.

Não havia surpresas no emaranhado de referências ao histórico da grife, que nasceu em 1837 como uma confecção de itens de selaria. Na passarela, lenços aplicados em saias, o couro de qualidade incomparável e a discrição característica da marca. Tudo limpo, nada fora do lugar.

Em certa medida, a falta de novidades não é algo ruim, afinal, trata-se da grife que guarda todo o ideal chique e minimalista da moda francesa –o desfile, aliás, foi realizado no prédio da Guarda Republicana, os cavaleiros de Paris.

A escolha por um nome desconhecido para substituir Christophe Lemaire, que deixou o cargo no ano passado para investir em sua marca própria, serviu como resposta da marca ao circo de celebridades e de exibicionismo da moda.

Os looks monocromáticos, o corte perfeito dos vestidos e os casacos longos em uma cartela enxuta reforçaram a escolha pela estilista: a herança deve ser preservada. Eles não trabalham com revoluções.

Bertrand Guay/AFP
Passarela da grife Hermès
Passarela da grife Hermès

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