Folha de S. Paulo


Crítica: 'Kingsman' é irônico ao tratar a cultura pop

Atualmente, uma das maiores qualidades que um filme comercial pode ter é a capacidade de não se levar a sério. Desde "True Lies" (1994), obra-prima da ironia dirigida por James Cameron, já não é mais possível tratar de certas coisas com sobriedade.

"Kingsman: Serviço Secreto", de Matthew Vaughn, constitui-se de muita ironia. Zomba dos filmes de espionagem (como a série 007 já fazia desde os anos 1960) e tem alusões a episódios da história do cinema, que o espectador pode ou não reconhecer, sem prejuízo da fruição narrativa.

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O ator Colin Firth como o espião Harry Hart em cena do filme 'Kingsman: Serviço Secreto'
O ator Colin Firth como o espião Harry Hart em cena do filme 'Kingsman: Serviço Secreto'

Colin Firth é Harry Hart, codinome Galahad, um agente secreto que recebe a incumbência de apresentar um candidato a substituto de um companheiro falecido em missão. Ele escolhe o jovem Eggsy (Taron Egerton), delinquente que vive com a mãe e se desentende com o namorado dela, um gangster local.

Eggsy é também filho do agente falecido, mas nem por isso vai ter vantagem no longo e divertido (para nós) processo de seleção. A esperteza que desenvolveu nas ruas será sua principal aliada.

Um grande vilão é necessário à trama. Surge, então, Valentine (Samuel L. Jackson), milionário nerd com a mais nobre intenção que um vilão pode ter: a destruição do mundo como o conhecemos.

Baseado em HQ de Mark Millar e Dave Gibbons, e com participações especiais de Michael Caine e Mark Hamill, "Kingsman" é um divertido coquetel de brincadeiras com a história do cinema e a cultura pop. É também o melhor filme de Matthew Vaughn, diretor que parecia condenado à condição de promissor.

KINGSMAN: SERVIÇO SECRETO
(Kingsman: The Secret Service)
DIREÇÃO Matthew Vaughn
PRODUÇÃO Reino Unido, 2014
CLASSIFICAÇÃO 16 anos
AVALIAÇÃO bom


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