Folha de S. Paulo


Arrastão de Sam Smith dá espaço para artista pouco vendável no Grammy

Seis indicações tinham os americanos Pharrell Williams e Beyoncé, acostumados ao Grammy, e o inglês Sam Smith, uma cara nova nessas noites de prêmios transmitidas para o mundo inteiro. O novato bateu os figurões no domingo (8).

Smith não era uma zebra. Seu álbum veio puxado por uma das canções mais executadas em 2014, "Stay with Me".

Iria levar algum prêmio para casa, a não ser que os jurados ficassem ressabiados com o fato dessa música ser plágio de "I Won't Back Down", de Tom Petty, cantor querido pelos americanos.

Nada disso. Smith venceu em quatro das categorias que disputava, com dois dos três prêmios mais cobiçados : Canção do Ano e Gravação do Ano.

O outro, Álbum do Ano, este sim foi carregado por uma zebra. Por mais que tenha recebido calorosa recepção da crítica, "Morning Phase", disco mais recente cantor Beck, está mais para sucesso cult do que para campeão de vendas.

Beck ganhar pelo melhor álbum do ano pode ser visto, com otimismo, como abertura a artistas menos populares.

O Grammy sempre valorizou os grandes vendedores, caso do trio Smith, Pharrell e Beyoncé. É esperar por 2016 e ver se há mesmo mudança de perfil.

Quanto às performances, a experiência de juntar nomes inesperados, tradição do prêmio, teve seu ápice com o ex-Beatle Paul McCartney tocando com Rihanna e Kanye West a canção "FourFiveSeconds".

Madonna, que exibiu a bunda aos fotógrafos antes da festa, fez uma performance quente de "Living for Love". Lady Gaga e Katy Perry, com fama de exageradas, optaram por roupas discretas.


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