Folha de S. Paulo


Em momento de reinvenção, Kesha se apresenta pelo país

Em quatro anos, a cantora americana Kesha, 27, virou a vida de cabeça para baixo. Fora o hit maior, "Tik Tok", que segue firme em seus shows, muito mudou desde a sua última passagem pelo Brasil.

No Rock in Rio de 2011, sua estreia no país, ela chegou como revelação do pop com "Animal" (2010), seu primeiro disco, que atingiu o topo das paradas dos Estados Unidos.

O segundo álbum, "Warrior", saiu no ano seguinte, e se junta ao repertório que Kesha vem cantar em quatro cidades brasileiras neste mês.

Yu Tsai/Divulgação
A cantora pop americana Kesha, dona dos hits 'Tik Tok', 'We R Who We R' e 'Die Young
A cantora pop americana Kesha, dona dos hits 'Tik Tok', 'We R Who We R' e 'Die Young'

Ela se apresenta em Salvador (dia 22, no Festival de Verão), São Paulo (dia 25), Florianópolis (dia 30) e Atlântida (no litoral gaúcho, dia 31, no festival Planeta Atlântida).

"Estou muito animada. [O Brasil] é um dos meus lugares favoritos. [No Rock in Rio,] as pessoas estavam tão loucas e apaixonadas", conta em entrevista à Folha, por telefone.

Em 2011, ao menos publicamente, a cantora tinha boa relação com o seu produtor, Dr. Luke, um dos mais poderosos do pop e parceiro de outras cantoras de sucesso como Katy Perry e Avril Lavigne. Agora, eles brigam na Justiça.

Em outubro do ano passado, Kesha divulgou que havia aberto um processo contra Luke, por supostamente tê-la abusado "sexual, física, verbal e emocionalmente".

Segundo a artista, ele lhe dava drogas para que ela se tornasse vulnerável. Para a entrevista com a Folha, de antemão, a produção da cantora avisou que ela não falaria sobre sua vida pessoal.

Luke nega as acusações e apresentou depoimento, que teria sido dado em 2011, em outro contexto, em que a cantora nega ter sofrido abusos.

SEM CIFRÃO

Kesha também atribui ao sofrimento causado pelo produtor a anorexia e a bulimia que tratou em uma "rehab" no início de 2014. Após receber alta, outra mudança: tirou o cifrão do nome –antes Ke$ha.

No mesmo ano, a americana foi jurada do programa de calouros "Rising Star" e deixou de lado os cabelos de cores vibrantes que andava usando.

Alguma mudança radical no horizonte? "Acho que vai estar loiro mesmo, mas não tenho certeza. Para ir ao Brasil, posso pensar em maravilhosas cores loucas", ri ela.

E a sonoridade radiofônica, que mistura sons eletrônicos e R&B? Ela diz não saber como serão as próximas músicas.

"Trabalhei todo tempo nos últimos seis meses. Tenho 20 canções e é tão difícil escolher", diz. "Não sei o que as pessoas devem esperar, porque escrevi canções country, rock'n'roll, pop, dance..."

Apesar das mensagens constantes de fãs implorando por material novo, Kesha diz ainda não ter uma data definida para o lançamento.

"Eu sei que as pessoas querem as músicas, mas a coisa mais importante é fazer um disco do qual eu me orgulhe, então sei que ainda estou no começo", diz. "Estou tomando meu tempo, para estar certa, para fazer do disco uma coisa que eu ame 100%."

Veja as datas da turnê de Kesha pelo Brasil:

SALVADOR
QUANDO no Festival de Verão, 22/1, em horário não divulgado
ONDE Parque de Exposições, av. Luís Viana Filho, s/nº
QUANTO de R$ 108 a R$ 432
CLASSIFICAÇÃO 14 anos

SÃO PAULO
QUANDO 25/1, às 20h
ONDE Citibank Hall, av. das Nações Unidas, 17.955
QUANTO de R$ 180 a R$ 400
CLASSIFICAÇÃO 14 anos

FLORIANÓPOLIS
QUANDO 30/1, às 21h
ONDE Devassa On Stage, rod. Maurício Sirotsky Sobrinho, 2.500
QUANTO de R$ 50 a R$ 100
CLASSIFICAÇÃO 16 anos

PLANETA ATLÂNTIDA
QUANDO 31/1, em horário não divulgado
ONDE Saba Campestre, av. Interbalneários, 413, Atlântida (RS)
QUANTO de R$ 130 a R$ 500
CLASSIFICAÇÃO 14 anos


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