Folha de S. Paulo


Crítica: Cineasta leva espectador ao centro do mistério em 'Laura'

Tudo em "Laura" (Cinemax, 21h, 12 anos) gira em torno do desaparecimento de uma mulher. Laura, justamente. Ou Gene Tierney, que a interpreta.

Mulher apaixonante, Laura vira a cabeça de vários homens, antes de desaparecer. E, mesmo depois, o detetive Dana Andrews, que investiga o caso, se apaixonará por ela apenas a partir de um retrato na parede.

Com "Laura" estamos em pleno fascínio. É ele, mais até do que o mistério que se instala, que faz o encanto deste filme noir de Otto Preminger. O fascínio, no caso, é vizinho do fantástico e vence o excessivo romantismo que pode desencadear a bela mulher.

Divulgação
A atriz Gene Tierney, em cena do filme
A atriz Gene Tierney, em cena do filme "Amar Foi Minha Ruína"

Mas, sobretudo, existe a capacidade de Preminger de levar o espectador ao centro mesmo do mistério, isto é: assim como os personagens, teremos nossas certezas bem abaladas ao longo dos acontecimentos.


Endereço da página: