Folha de S. Paulo


Longa de Sylvio Back é áspero como sentimentos de poeta

Com "Cruz e Sousa - O Poeta do Desterro"( Canal Brasil, 22h, 14 anos) temos um filme a calhar para o Dia da Consciência Negra. Poucos escritores podem representar a negritude tão bem quanto o poeta simbolista.

É do sentimento do desterro que fala Cruz e Sousa em boa parte de sua obra: do deslocamento forçado, do exílio, do sentir-se estrangeiro em tempo integral, do estar na terra dos senhores brancos, da beleza branca que tanto o obcecava.

Sylvio Back fez um filme áspero, não como as palavras, mas como os sentimentos que pareciam mover Cruz e Sousa.

A tarde oferece uma boa opção, áspera também, mas de outra forma, com "Matador" (Fox, 16h20, 18 anos), talvez o melhor Pedro Almodóvar: filme de rara tensão sexual, com a aliás belíssima Assumpta Serna fazendo par com Antonio Banderas.

Divulgação
Cena de 'Cruz e Sousa - O Poeta do Desterro', filme de Sylvio Back
Cena de 'Cruz e Sousa - O Poeta do Desterro', filme de Sylvio Back

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