Folha de S. Paulo


Balada Literária celebra nomes 'à margem'

Desde 2005, a Balada Literária se espalha pela cidade de São Paulo. Surgiu na Vila Madalena, se acomodou em espaços da avenida Paulista, passou pela praça Roosevelt.

Agora, na nona edição, o evento gratuito criado por Marcelino Freire pela primeira vez não terá início no bairro natal, embora boa parte da programação permaneça lá.

A abertura, às 19h30 desta quarta (19), será no Teat(r)o Oficina, no Bixiga, com "O Anão do Caralho Grande", com elenco do Oficina sob direção de Marcelo Drummond.

Luiz Nadal/Divulgação
Marcelino Freire, criador da Balada Literária
Marcelino Freire, criador da Balada Literária

A peça de Plínio Marcos (1935-1999), cuja morte completa 15 anos nesta quarta, dá o tom da festa, que homenageia o dramaturgo e também a escritora Carolina de Jesus (1914-1977), autora de "Quarto de Despejo: Diário de uma Favelada" (1960), cujo centenário é lembrado neste ano.

"Eu quis uma dupla teimosa, à margem, que enfrentou preconceito. Daí você vê na programação: cena underground, autores independentes, senhoras que criaram filhos e netos antes de estrear na literatura, discussão sobre exclusão", diz o escritor.

O perfil está em shows como o de Fabiana Cozza e convidados no Dia da Consciência Negra, na quinta (20), às 18h, no Sesc Pinheiros, e debates como o do autor Evandro Affonso Ferreira, o dramaturgo Léo Lama, filho de Plínio Marcos, e o biógrafo Oswaldo Mendes, sexta (21), às 11h, na Livraria da Vila.

Até domingo, a festa (veja destaques) terá parcerias com o Itaú Cultural, que promove o evento Encontros de Interrogação, a Casa das Rosas, com o Simpoesia, e as Satyrianas, na praça Roosevelt.

Esta edição contou com R$ 150 mil do Itaú via Lei Rouanet "Se a gente tivesse R$ 10 milhões, ressuscitava o Camões", brinca Marcelino.


Endereço da página: