Folha de S. Paulo


Feira de arte com obras mais baratas começa hoje

Eles não querem mais a fama de ser uma feira de arte mais em conta. Em sua quarta edição, a Parte abre as portas no Paço das Artes nesta quarta reunindo 45 galerias brasileiras e oito casas estrangeiras, frisando ser um espaço para a arte jovem e inédita.

Enquanto nas edições anteriores a Parte chegou a ter um teto de preço de R$ 15 mil para as obras, este ano trabalhos custam até R$ 160 mil.

"Não vamos mais ter esse teto", diz Lina Wurzmann, uma das diretoras da feira. "Confundiam isso com baixa qualidade, então queremos firmar a ideia de que a Parte é um lugar de novidades."

Entre as novidades, há muita pintura, mais palatável a colecionadores iniciantes, e fotografias, um suporte mais barato. Segundo Wurzmann, 40% das peças custam menos de R$ 5.000.

No total, a feira espera movimentar cerca de R$ 4 milhões nesta edição. É uma fração ínfima comparada ao faturamento de grandes feiras brasileiras, como a SP-Arte e a ArtRio, que passam dos R$ 200 milhões, mas revela que o segmento do mercado de obras mais baratas está em expansão, crescendo 20% ao ano, segundo os organizadores.

Esse crescimento, aliás, turbinou o surgimento de galerias em todo o país. Com a entrada dessas casas na Parte, galerias mais estabelecidas que já estiveram na feira, como Emma Thomas e Zipper, subiram de patamar e deixaram de participar da Parte.

PARTE
QUANDO abre na quarta-feira (5) para convidados; qui. e sex., das 14h às 22h; sáb. e dom., 12h às 20h; até 9/11
ONDE Paço das Artes, av. da Universidade, 1, feiraparte.com.br
QUANTO grátis


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