Folha de S. Paulo


Queens Of The Stone Age fecha turnê com show no Brasil

O grupo de rock americano Queens of the Stone Age sobe ao palco em São Paulo, nesta quinta (25), com um clima de estreia tardia.

Será a primeira vez que o grupo comandado pelo vocalista Josh Homme fará um show próprio no país, sem precisar dividir atenção com outras atrações.

"Eu prefiro assim. Em festivais, você fica muito restrito, até pelo tempo de show", diz o guitarrista e tecladista Dean Fertita. "Nós nos sentimos mais espontâneos desse modo."

Antes dos shows desse ano (eles também se apresentam em Porto Alegre no sábado, 27), o Queens of the Stone Age tocou três vezes no Brasil: em 2001, no Rock in Rio; em 2010, no SWU; e no ano passado, no Lollapalooza.

Desse último show, Fertita guarda boas memórias. Na época, o disco mais recente do Queens of the Stone Age, "...Like Clockwork", ainda não havia sido lançado.

Reprodução/Instagram/queensofthestoneage
Os integrantes da banda Queens of the Stone Age, que se apresenta em São Paulo na quinta
Os integrantes da banda Queens of the Stone Age, que se apresenta em São Paulo na quinta

"Aquela viagem toda foi especial. Ainda estávamos ouvindo as versões cruas das músicas no avião, imaginando como o álbum ia soar."

O Lollapalooza de 2013 marcou também a estreia do baterista Jon Theodore, ex-The Mars Volta, como membro do grupo. Completam a formação atual do Queens of the Stone Age o guitarrista Troy van Leeuwen e o baixista Michael Shuman.

"...Like Clockwork" foi o primeiro álbum da carreira da banda a atingir o primeiro lugar nas paradas americanas, algo que surpreendeu Fertita.

"Não tenho ideia de por que isso aconteceu, mas para uma banda que está na estrada há quase 20 anos, entrar numa ascendente com o sexto disco é algo fantástico. Tenho muito orgulho disso."

Com participações de Elton John, Dave Grohl (Foo Fighters), Trent Reznor (Nine Inch Nails), Alex Turner (Arctic Monkeys), entre outros nomes conhecidos, o álbum fez sucesso também entre os fãs.

Uma minoria, porém, afirmou que o grupo "amoleceu" em "...Like Clockwork", fazendo músicas mais leves do que as habituais —algo que o músico nega com veemência.

"O volume não representa o peso de uma música. Em termos de letras e emoções, é o nosso disco mais pesado."

Para Fertita, até o nome da banda ("rainhas da idade da pedra", em tradução livre) representa o espírito sarcástico que eles sempre tiveram, e que deixaram um pouco de lado no álbum mais recente.

Mesmo reconhecendo a irreverência do grupo, ele nega o rótulo de "stoner rock" ("rock de doidão"), ritmo que soa lento, de ênfase no baixo e com artes setentistas, com o qual são associados pelo público desde o início.

"Para mim, isso só quer dizer que as pessoas gostam de nos ouvir em estados alterados", diz, aos risos.

"Mas essa questão de gênero musical limita demais o que você pode fazer. Que as outras pessoas decidam o nome do que fazemos, vamos só continuar fazendo."

Sobre as expectativas para os shows deste ano no Brasil, o músico promete fazer o que não pôde da última vez: tocar as músicas de "...Like Clockwork" (incluindo sua favorita, "Smooth Sailing").

"Agora sim, vocês terão um show do Queens completo."

QUEENS OF THE STONE AGE NO BRASIL
QUANDO hoje (SP) e sábado (Porto Alegre), às 20h30
ONDE em SP, no Espaço das Américas (r. Tagipurú, 795, Barra Funda); em Porto Alegre, no Pepsi On Stage (av. Severo Dullius, 1.995)
QUANTO ingressos esgotados
CLASSIFICAÇÃO 16 anos


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