Adversários nestas eleições, a presidente Dilma Rousseff e o ex-governador Eduardo Campos (PSB-PE) encontraram-se nesta quinta-feira (24) no Recife, durante o velório do escritor paraibano Ariano Suassuna.
Durante o encontro, o público cantou a música "Madeira que Cupim Não Rói", um frevo de Capiba que Suassuna entoava em comícios de Campos desde a eleição de 2006, quando o pernambucano foi eleito governador pela primeira vez.
Suassuna era casado com a tia de Renata Campos, mulher do ex-governador. Desde pequeno, Campos convivia com o artista paraibano.
Luiz Fabiano/Futura Press/Folhapress | ||
Presidente Dilma Rousseff comparece ao velório do escritor Ariano Suassuna, no Recife, nesta quinta |
O ex-governador tem feito uma série de críticas ao governo Dilma.
A presidente chegou ao Palácio do Campo das Princesas, sede do governo de Pernambuco, por volta das 14h20, acompanhada pelo governador Jaques Wagner (PT-BA) e pelo ministro Aldo Rebelo (Esporte), além de correligionários pernambucanos.
Enquanto Campos estava mais recuado, ao lado do governador da Paraíba, Ricardo Coutinho (PSB), Dilma ficou à frente, com o governador de Pernambuco, João Lyra Neto (PSB).
Quando Dilma sentou-se ao lado da viúva, Zélia Suassuna, o público presente puxou a canção carnavalesca usada nas campanhas de Campos. Foi então que o presidenciável veio à frente e ficou próximo ao caixão.
"E se aqui estamos, cantando esta canção/ Viemos defender a nossa tradição/ E dizer bem alto que a injustiça dói/ Nós somos madeira de lei que cupim não rói", diz o refrão do frevo.
Antes de ir embora, Dilma deu dois beijinhos em Campos e eles trocaram algumas palavras.
A presidente partiu depois de quase meia hora, sem dar entrevistas. Do Recife, ela seguiria para o Rio de Janeiro, onde tem compromissos ainda nesta quinta.
Campos viaja somente nesta sexta-feira (25) para cumprir agenda em São Paulo.