Folha de S. Paulo


Crítica: Diretor de 'Diabo Veste Prada' conta história de cantor de ópera

Paul Potts (James Corden) é um rapaz galês que nasceu para cantar ópera. Apesar de pressionado pelo pai para arrumar um emprego "de homem", ele resolve seguir a vocação artística, incentivado por sua companheira (Alexandra Roach). Chega até a tentar a sorte numa audição com Pavarotti.

Depois de algumas tentativas sabotadas por acidentes bestas ou por seu próprio nervosismo, surge a oportunidade de mostrar seus dotes no "Britain's Got Talent", o mais famoso no Reino Unido dos inúmeros e chiques shows de calouros que pipocaram pelo mundo.

O sucesso inesperado (até para ele mesmo), aos 15 minutos do segundo tempo da prorrogação, mostra que, com perseverança, pode-se alcançar um sonho.

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Cena de 'Apenas uma Chance' (2013), de David Frankel, com James Corden (dir.)
Cena de 'Apenas uma Chance' (2013), de David Frankel, com James Corden (dir.)

Essa é a trama edificante de "Apenas uma Chance", longa baseado em história real e realizado por David Frankel, diretor novaiorquino de currículo duvidoso —assinou, entre outros filmes pouco notáveis, o medíocre "O Diabo Veste Prada" (2006).

O resultado, felizmente, é digno: muito se deve ao trabalho consistente desempenhado pelos atores que compõem o elenco. Roach, que esteve em "A Dama de Ferro" (2011), é um dos destaques.

Mais do que isso, é prova de que com perseverança (e trabalho) também se pode fazer cinema que preste.

Lembra alguns filmes mais comerciais de Stephen Frears, como "A Van" (1996), com o qual compartilha um ótimo ator, Colm Meaney (que nos dois filmes é o pai), mas principalmente pelo tom leve, familiar, entre a comédia e a busca pela segunda chance.

APENAS UMA CHANCE (ONE CHANCE)
DIREÇÃO David Frankel
PRODUÇÃO EUA, Inglaterra, 2013
ONDE Cinépolis JK Iguatemi e circuito
CLASSIFICAÇÃO 12 anos
AVALIAÇÃO ótimo


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