Folha de S. Paulo


Ficção e jornalismo se influenciaram ao longo da obra de García Márquez

A atuação jornalística de Gabriel García Márquez influenciou tanto a sua ficção, e vice-versa, que o colombiano gerou um paradoxo: "Os editores do jornal se queixam de que meu estilo é muito literário, e os críticos literários reclamam que meu estilo é muito jornalístico".

A citação é feita pelo tradutor e ensaísta Léo Schlafman no prefácio de "Reportagens Políticas" (Record), um dos cinco volumes que que reúnem sua produção jornalística dos anos 1940 aos 1980 —a maioria é composta de crônicas, reportagens, artigos e entrevistas.

Trocou o curso de direito pelo jornalismo em 1950. Em sua carreira se destacam as reportagens investigativas, personagens que remetem ao realismo mágico de sua ficção e a defesa política que fez de regimes como a ditadura cubana, seja em artigos de opinião ou reportagens.

Para García Márquez, um dos principais problemas do jornalismo atual estava na formação. Ele defendia uma aproximação entre os veículos de imprensa e as escolas.


Endereço da página:

Links no texto: