Depois de 1970, o Brasil só conquistaria o tetra em 1994, e esse jejum de títulos foi acompanhado por fiascos musicais. Nessas tentativas, até um jogador da própria seleção arriscaria uma musiquinha.
Em 1982, o lateral-esquerdo Júnior, que jogava no Flamengo e era titular de uma seleção com craques de sobra —Zico, Sócrates, Falcão, Toninho Cerezo—, gravou meses antes do Mundial da Espanha o compacto "Povo Feliz".
Os versos agradaram: "Voa, canarinho, voa/ mostra na Espanha o que eu já sei". O single vendeu 800 mil cópias.
Mas o Brasil foi eliminado pela inferior da Itália por 3 a 2, em jogo dramático. A derrota criou uma rejeição à gravação de Júnior, sepultando a canção.
No penta do Brasil, em 2002, nenhuma canção criada para o Mundial tinha emplacado. "Festa", de Ivete Sangalo, pegou carona na conquista.
Mas, nas sessões de pagode puxadas por Ronaldinho Gaúcho no ônibus da seleção, o samba de Zeca Pagodinho "Deixa a Vida Me Levar" se tornou a canção das vitórias do time.
Uma eleição popular e direta entre os 23 jogadores pentacampeões.