Folha de S. Paulo


Artistas e fãs se despedem de José Wilker; corpo seguirá para crematório às 15h

Um grande número de artistas, parentes e fãs esteve na manhã deste domingo (6) no Teatro Ipanema, no Rio, para se despedir de José Wilker, morto ontem de infarto enquanto dormia, aos 69 anos.

O velório iniciou-se ontem às 23h, mas o movimento já era intenso na rua do teatro quatro horas antes. Por volta do meio dia de hoje, o acesso aos fãs e jornalistas chegou a ser suspenso, dado o excesso de pessoas que acompanhavam as últimas homenagens a Wilker. A entrada foi retomada há pouco, mas em ritmo bem menos intenso.

As filhas Isabel e Mariana, e as respectivas mães, Mônica Torres e Renée de Vielmond, além da namorada Cláudia Montenegro, acompanham a vigília.

As homenagens acontecerão no local até as 15h de hoje, quando o corpo seguirá para o Memorial do Carmo, no Cemitério do Caju, Zona Norte do Rio, onde será cremado em cerimônia reservada às pessoas mais próximas.

O local escolhido para o velório foi o palco onde Wilker consolidou sua carreira no teatro, no Rio, onde estreou fazendo uma substituição em "O Assalto", de José Vicente, em 1969, a primeira peça ali encenada. Ainda no mesmo endereço, atuou em "O arquiteto e o imperador da Assíria", que lhe rendeu o primeiro prêmio Molière, "Hoje é dia de Rock" (1971), "A China é azul" (1972) e "Ensaio Selvagem" (1974).

A última vez que Wilker foi visto em público foi na sexta-feira à noite, em um restaurante no Leblon, onde jantava com Cláudia. Em seguida, ele foi para a casa dela, onde dormiu. No sábado pela manhã, ao perceber que ele não respirava, Cláudia chegou a chamar médicos para socorrê-lo, mas eles constataram sua morte.

"Perdemos um homem extraordinário, um ator de televisão, teatro e cinema. Um colega muito querido. Sentiremos muita falta", lamentou a atriz Malu Mader.


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