Num dia marcado por atrações de rock e pop mais radiofônico, coube aos americanos do Nine Inch Nails fazer o papel do convidado esquisitão, com seu show de clima sombrio e seu rock eletrônico cheio de distorção, alternando batidas pesadas e lentas com a velocidade do thrash metal.
Liderado pelo marombado Trent Reznor, que cantou com a energia que lhe é peculiar —já na segunda música, estava encharcado de suor—, o quarteto atraiu um público razoavelmente numeroso ao palco Onix no início da noite.
O repertório mesclou canções de seu disco mais recente ("Hesitations Marks", 2013) e outras antigas, deixando de fora algumas das preferidas dos fãs, como "Closer" —que chegou a ser pedida em coro, mas foi apenas citada.
Ainda assim, entraram "Wish" —logo na abertura, a mil por hora— "March of the Pigs" e, numa sequência final espetacular, "The Hand that Feeds", "Head Like a Hole" e "Hurt".
Se não foi a melhor apresentação do NIN no Brasil, certamente foi um bom show que trouxe um clima diferente a um dia certinho.
