Folha de S. Paulo


Quadrinista belga Philippe Delaby morre aos 53 anos

O cartunista belga Philippe Delaby, que deu nova vida às histórias em quadrinhos como "Murena", morreu na terça-feira (28) aos 53 anos, informou nesta quarta a editora Dargaud, com sede em Paris.

"Philippe Delaby era há quase 20 anos um dos maiores artistas dos quadrinhos (...). Sua paixão, energia, atenção aos detalhes e a força de seus personagens fizeram da série 'Murena', roteirizada por seu amigo Jean Dufaux, um sucesso internacional aclamado por milhares de leitores e reconhecida pelos maiores especialistas de Antiguidade Romana", ressaltou Dargaud.

Reprodução
O quadrinho 'Murena', de Philippe Delaby
O quadrinho 'Murena', de Philippe Delaby

Nascido em Tournai (Bélgica), em 1961, Philippe Delaby possuía talentos inatos como desenhista. A paixão pelos quadrinhos surgiu quando tinha 8 anos e, aos 14 anos, entrou para a Academia de Belas Artes de sua cidade natal, onde aperfeiçoou seus dons.

Fascinado por Ingres e pelos mestres flamengos, aprendeu não somente o desenho, como também a pintura a óleo. Aos 18 anos, ele venceu um concurso para jovens cartunistas que abriu as páginas da revista Tintin.

Para a revista, ele traduziu em imagens, sobre cenários de Yves Duval, "Arthur no Reino do Impossível" e "Ricardo Coração de Leão", dois épicos que lhe renderam o Prêmio Clio do Salão de História de Paris, em 1993.

No mesmo ano, desenhou "Bran", escrito por Jean-Luc Vernal, que conta a história de um jovem gaulês.

Em 1994, com o escritor Luc Delisse, publicou em Lombard "A Estrela Polar", um suspense de fantasia medieval. Em 1997, incentivado pelo escritor Jean Dufaux, ressuscitou de forma magistral a Roma imperial de Nero em "Murena", publicado pela Dargaud e premiado em diversos festivais.


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