Folha de S. Paulo


Médico condenado por morte de Michael Jackson perde recurso

Joel Ryan/Associated Press
O cantor Michael Jackson, em 2009
O cantor Michael Jackson, em 2009

Um tribunal da Califórnia manteve, nesta quarta (15), a condenação do médico Conrad Murray pela morte do cantor Michael Jackson, em 2009.

O médico foi responsável por administrar a dose letal de medicamentos que matou Michael, na época em que o astro pop se preparava para uma temporada de shows em Londres. Ele tinha 50 anos.

Os três juízes da Segunda Corte Distrital de Apelações da Califórnia mantiveram por unanimidade a sentença dada em 2011, considerando que havia indícios suficientes e que não existiram irregularidades no processo.

Efe
Conrad Murray recebendo sentença em 2011
Conrad Murray recebendo sentença em 2011

Murray, 60, foi libertado em outubro de uma prisão de Los Angeles, após cumprir dois dos quatro anos de pena.

Ele se utilizou de uma nova lei penitenciária do estado, que permite que os internos que não são considerados perigosos descontem um dia de pena por cada dia de boa conduta, o que reduziu seus quatro anos pela metade.

Apesar de ter reconhecido que cuidava de Michael com sedativos, Murray sempre alegou ser inocente, e poderia ter recuperado sua licença médica se os tribunais tivessem aceitado suas apelações. A defesa alegou, sem sucesso, que o próprio cantor se injetou a dose letal.

No julgamento em primeira instância, os promotores argumentaram que o réu agiu de forma negligente ao administrar os medicamentos e, em uma sentença de 68 páginas, o tribunal da Califórnia ratificou a condenação de quatro anos por homicídio culposo.

"Fica demonstrado que o senhor Jackson foi uma vítima vulnerável e que (Murray) estava em uma posição de confiança e violou essa relação de confiança ao descumprir as normas de uma conduta profissional adequada em vários sentidos", escreveram os juízes.
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