Folha de S. Paulo


Compradora de obra de Bacon a preço recorde é a xeque do Qatar, diz jornal americano

A compradora de um tríptico do pintor britânico Francis Bacon (1909-1992), arrematado na semana passada ao preço recorde de US$ 142,4 milhões (cerca de R$ 323 milhões) --maior valor já empregado para a compra de uma obra de arte--, foi a xeque do Qatar, Al Mayassa bint Hamad bin Khalifa Al Thani. A informação é do jornal americano "New York Post".

Al Mayassa, 30, é presidente da Autoridade dos Museus do Qatar e irmã do atual emir. No mês passado, ela foi eleita a personalidade mais poderosa do mundo da arte pela revista especializada "ArtReview".

Karim Jaafar -22.nov.2008/AFP
Em foto de 2008, Al Mayassa durante cerimônia de abertura no Museu das Artes Islâmicas, em Doha
Em foto de 2008, Al Mayassa durante cerimônia de abertura no Museu das Artes Islâmicas, em Doha

Especialistas estimam que Al Mayassa controle um orçamento que chega a US$ 1 bilhão (R$ 2,2 bilhões) por ano.

"Três Estudos sobre Lucian Freud" (1969), do artista figurativo do século 20, foi arrematado no leilão da casa Christie's, em Nova York, no último dia 12, por exatamente US$ 142.405.000, após seis minutos de disputa em lances ao vivo e por telefone.

O valor superou os US$ 119,9 milhões pagos por "O Grito", de Edvard Munch (1863-1944), leiloado pela casa Sotheby's, em Nova York, em maio de 2012.

Pintado quase 25 anos após Bacon e Freud se conhecerem, "Três Estudos sobre Lucian Freud" superou o recorde anterior para uma obra do artista, que era de US$ 86 milhões, por uma venda em 2008.

Ainda segundo o jornal "New York Post", Al Mayassa também é a provável compradora de outra obra de Bacon, uma de Mark Rothko e outra de Damien Hirst arrematadas recentemente na casa Sotheby's por mais de US$ 160 milhões (cerca de R$ 363 milhões).


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