Folha de S. Paulo


Governo britânico bloqueia exportação de máscara mortuária de Napoleão

O governo britânico anunciou na quarta (13) o bloqueio temporário da exportação de uma máscara mortuária de Napoleão Bonaparte, leiloada em junho. As autoridades fizeram um apelo aos compradores dispostos a pagar 175 mil libras (R$ 649 mil) para que a peça fique no Reino Unido.

O ministro da cultura britânico Ed Vaizey proibiu que a máscara saia do território até 12 de janeiro de 2014, prazo prorrogável até 12 de abril de 2014. Vaizey argumentou que o objeto está diretamente ligado à história e vida nacionais. "Sua saída seria uma desgraça", disse em comunicado.

"O ano de 2015 marcará o 200º aniversário da batalha de Waterloo e segue havendo uma grande fascinação por Napoleão aqui no Reino Unido", explicou o ministro. "É, sem dúvida, um das coisas mais estranhos que vi, ao mesmo tempo fascinante e um pouco macabro, mas acho que deveria ficar aqui e espero que um comprador do Reino Unido se manifeste", acrescentou.

A batalha de Waterloo foi o confronto que envolveu tropas inglesas e francesas perto da aldeia belga de Waterloo. Iniciado em 1814, o combate acabou com derrota dos homens de Napoleão para Reino Unido e Prússia.

Segundo a casa de leilões britânica Bohmas, a máscara de gesso foi feita dois dias depois da morte de Napoleão Bonaparte, que ocorreu em 5 de maio de 1821. Ela teria sido feita pelo reverendo Richard Boys, o capelão da ilha britânica de Santa Helena, onde o francês morreu.


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