Folha de S. Paulo


Modelos plus size fazem 'ato de inclusão' durante Fashion Rio

Oito modelos do movimento Mais Moda para Todos promoveram um ato de apoio à inclusão de mulheres plus size nas passarelas do Fashion Rio, hoje, no salão de negócios Bossa Nova, que ocorre num galpão anexo ao evento de desfiles.

Segurando placas com frases como "valoriza-se, é grátis" e "ame suas curvas", as mulheres percorreram estandes pedindo que donos de marcas aderissem ao movimento e posassem para fotos. Não houve resistência.

Pedro Diniz/Folhapress
Modelos plus size fazem 'ato de inclusão' durante o Fashion Rio
Modelos plus size fazem 'ato de inclusão' durante o Fashion Rio

"Nos eventos todo mundo abraça a ideia. Mas, na loja, quando vamos comprar roupas, somos destratadas. E, no Brasil, ninguém quer associar sua marca a uma gorda", diz Mafê Motta, 25, que veste manequim 52. Além de modelo, ela é jogadora de rugby.

Todas as mulheres são de uma agência especializada em garotas acima do manequim 42 --na passarela convencional, nenhuma modelo veste mais de 38.

"As gordas consomem muito, não dá mais para os estilistas fingirem que não existimos", afirma a modelo Josiane Lira, 32, primeira passista plus size de uma escola de samba carioca, a Grande Rio. Ela pesa 118 kg e veste tamanho 50.

Segundo a organizadora do protesto, a empresária Sylvia Braune, a organização do Fashion Rio não permitiu o acesso das meninas aos galpões onde acontece o evento.

"E só deixaram entrar oito no salão de negócios, para não causar tumulto. Queríamos que fossem 30, mas decidimos ser pacíficas", afirma Braune.

A reportagem ainda não obteve resposta da organização do Fashion Rio.


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